O volume de serviços no Brasil cresceu 0,5% em julho ante junho, após ter registrado um avanço de 0,2% no mês anterior. Em relação a julho de 2022, o setor mostrou evolução de 3,5%, engatando assim 29 altas seguidas, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O dado mensal veio acima da expectativa dos analistas: o consenso Refintiv apontava para crescimento de 0,4% no mês. Na comparação anualizada, o resultado ficou um pouco abaixo dos 3,6% esperados.
O setor se encontra 12,8% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 0,9% abaixo de dezembro de 2022 (o ponto mais alto da série histórica).
No acumulado nos primeiros sete meses do ano, o volume de serviços mostrou expansão de 4,5% ante igual período de 2022. Já no acumulado dos últimos doze meses, a alta foi de 6,0%.
A variação positiva dos serviços foi acompanhada por 3 das cinco atividades, com destaque para os serviços de transportes (0,6%), que se recuperaram da queda (-0,4%) de junho.
Os demais avanços do mês vieram dos serviços prestados às famílias, com alta de 1,0% na leitura mensal e de 4,9% no período de abril a julho. Outros serviços, por sua vez, cresceram 0,3% no mês, recuperando quase todo revés de junho (-0,4%).
Em sentido oposto, os serviços profissionais, administrativos e complementares recuaram 1,1% e informação e comunicação caiu 0,2%.
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral foi de 0,7% no trimestre encerrado em julho frente ao nível do mês anterior, o maior resultado desde dezembro de 2022 (0,8%).
Entre os setores, quatro das cinco atividades avançaram frente ao trimestre terminado em junho: serviços prestados às famílias (1,3%); transportes (0,8%); informação e comunicação (0,2%); e outros serviços (0,2%). O único revés foi em serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,2%).
Comparação anual
Ante julho de 2022, houve altas nas cinco atividades de divulgação e em metade dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,5%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o volume de serviços, impulsionado pelo aumento de receita das empresas pertencentes aos ramos de rodoviário de cargas, transporte aéreo de passageiros, transporte por navegação interior de carga, armazenamento, transporte dutoviário e navegação de apoio marítimo e portuário.
Os demais avanços vieram de informação e comunicação (3,6%), profissionais, administrativos e complementares (3,2%), serviços prestados às famílias (4,9%) e outros serviços (4,2%).
Acumulado
No índice acumulado no ano, também foram registradas taxas positivas nas cinco atividades de divulgação e em 59,6% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, a contribuição positiva mais importante ficou mais uma vez com o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (5,1%).
Essa lata foi impulsionada, em grande parte, pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de transporte rodoviário de cargas, armazenamento, transporte por navegação interior de carga, navegação de apoio marítimo e portuário e rodoviário coletivo de passageiros.
Os demais avanços vieram de informação e comunicação (5,1%); de serviços profissionais, administrativos e complementares (4,3%); de serviços prestados às famílias (5,6%); e de outros serviços (0,5%).
Regiões
Houve altas em 13 das 27 unidades da federação em julho de 2023, em relação ao mês imediatamente anterior. Entre os locais com taxas positivas, os impactos mais importantes vieram do Rio de Janeiro (1,4%) e de Goiás (5,6%), seguidos por Bahia (2,9%), Mato Grosso (3,0%) e Ceará (3,3%).
As principais influências negativas vieram do Distrito Federal (-2,9%), São Paulo (-0,1%), Pará (-3,0%), Rio Grande do Sul (-0,6%) e Espírito Santo (-1,8%).
Ante julho de 2022, o avanço do volume de serviços no Brasil (3,5%) foi acompanhado por 25 das 27 unidades da federação. As principais contribuições positivas vieram de Minas Gerais (10,7%), Paraná (13,7%) e Mato Grosso (30,5%), seguidos por Rio de Janeiro (3,7%), Santa Catarina (8,9%) e Bahia (10,3%).
Em sentido oposto, São Paulo (-2,1%) assinalou o resultado negativo mais relevante do mês.
No acumulado do ano, o avanço do volume de serviços no Brasil (4,5%) foi acompanhado por 25 das 27 unidades da federação. Os principais impactos positivos vieram de Minas Gerais (9,4%), Rio de Janeiro (5,3%) e Paraná (12,1%), seguidos por São Paulo (0,8%), Santa Catarina (10,7%) e Rio Grande do Sul (7,2%).
As influências negativas vieram de Mato Grosso do Sul (-0,6%) e Amapá (-1,0%).
Turismo
Em julho, o índice de atividades turísticas teve crescimento de 0,7% ante o mês anterior, após ter mostrado queda de 0,1% em junho. Com isso, o segmento de turismo se encontra 6,2% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 1,4% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.
Regionalmente, nove dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de expansão verificado na atividade turística nacional (0,7%). A contribuição positiva mais relevante ficou com São Paulo (4,2%), seguido por Bahia (4,4%), Rio de Janeiro (1,4%) e Rio Grande do Sul (1,9%). Os principais recuos foram do Distrito Federal (-3,7%) e do Espírito Santo (-4,4%).
Na comparação com julho de 2022, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil subiu 7,8%, na 28ª taxa positiva seguida, sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita dos ramos de transporte aéreo de passageiros, locação de automóveis; restaurantes; serviços de bufê; transporte rodoviário coletivo de passageiros; hotéis; e agências de viagens.
Os serviços voltados ao turismo cresceram em apenas seis das doze unidades da federação onde o indicador é investigado, com destaque para São Paulo (9,4%), seguido por Rio de Janeiro (14,0%), Minas Gerais (16,1%) e Bahia (21,5%). Os principais impactos negativos do mês vieram de Ceará (-5,1%) e Distrito Federal (-3,0%).
No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 8,4% frente a igual período de 2023, impulsionado pelos ramos de locação de automóveis; restaurantes; hotéis; agências de viagens; serviços de bufê; transporte aéreo e rodoviário coletivo de passageiros. Houve altas nos 12 locais investigados, com destaque para São Paulo (7,7%), seguido por Minas Gerais (18,7%), Rio de Janeiro (9,9%), Bahia (13,7%) e Paraná (11,3%).
Transportes
O volume de transporte de passageiros no Brasil registrou variação negativa de 0,1% em julho frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, no segundo resultado negativo seguido. O segmento se encontra 0,1% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 23,0% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
Já volume do transporte de cargas apontou crescimento de 1,4% em julho de 2023, em seu terceiro resultado positivo seguido, período no qual acumulou ganho de 5,8%. Dessa forma, o segmento alcanço em julho o ponto mais alto de sua série. Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 44,1% acima de fevereiro de 2020.
No confronto com igual mês do ano anterior, sem ajuste sazonal, o transporte de passageiros recuou 1,1% em julho de 2023, após registrar duas taxas positivas seguidas. O transporte de cargas, no mesmo confronto, cresceu 10,3%, sua 35ª alta consecutiva.
No acumulado no ano, o transporte de passageiros cresceu 3,0% frente a igual período de 2022, enquanto o de cargas avançou 10,8% no mesmo intervalo investigado.
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Fonte: Infomoney.com.br