O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo pretende abrir discussão sobre gastos considerados excessivos com supersalários no serviço público e com a estrutura militar da União. A declaração foi feita durante evento em Brasília, em meio às negociações para viabilizar o equilíbrio das contas públicas dentro do novo arcabouço fiscal.
Segundo Haddad, os chamados “gastos inflexíveis” precisam ser rediscutidos com responsabilidade, sem abrir mão da valorização das carreiras públicas, mas buscando maior eficiência na alocação de recursos. Ele destacou que há “muitos tabus que precisam ser enfrentados” para garantir espaço orçamentário sem aumentar impostos.
A proposta inclui a revisão de benefícios, auxílios e mecanismos que elevam os vencimentos de algumas categorias para além do teto constitucional — os chamados supersalários. Também está no radar a reestruturação de despesas com pessoal das Forças Armadas, especialmente em áreas administrativas.
A discussão, embora sensível, é considerada central para destravar outras pautas fiscais prioritárias e preservar o compromisso do governo com a responsabilidade nos gastos.