A agência de classificação de risco Moody’s reafirmou nesta quinta-feira (23) a perspectiva negativa para a dívida soberana da China, citando como principais fatores as tensões comerciais prolongadas e os desafios estruturais da segunda maior economia do mundo.
Apesar de manter a nota de crédito atual, a agência alerta que o país enfrenta riscos crescentes ligados ao setor imobiliário, ao endividamento de governos locais e à desaceleração do crescimento. As incertezas em torno das políticas de estímulo também reforçam o cenário de cautela.
Nos mercados, o comunicado da Moody’s foi recebido com moderação. Embora a perspectiva negativa já estivesse precificada por parte dos investidores, o tom do relatório acendeu alertas sobre o ritmo de recuperação chinesa e seus efeitos nas economias emergentes — incluindo o Brasil.
Para o investidor, a mensagem é clara: o cenário global continua instável, e decisões tomadas do outro lado do mundo podem influenciar diretamente o comportamento da bolsa e dos ativos locais.