O aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), defendido pela equipe econômica para compensar perdas de arrecadação, gerou resistência no Congresso. Para garantir a manutenção da medida, o governo federal estuda uma estratégia de pressão política: bloquear a liberação de emendas parlamentares caso a proposta seja derrubada.
A movimentação envolve articulação direta entre o Ministério da Fazenda, liderado por Fernando Haddad, e a Casa Civil, numa tentativa de conter o desgaste e preservar o equilíbrio das contas públicas em meio a um cenário de forte vigilância fiscal.
O aumento do IOF impacta diretamente operações de crédito, câmbio e seguros — e, por isso, desperta reações tanto no setor produtivo quanto entre parlamentares que defendem sua base eleitoral.
Essa disputa escancara o desafio do governo em manter compromissos fiscais sem perder apoio político. E mostra, mais uma vez, como decisões tributárias repercutem em cadeia sobre o mercado e os investimentos.