O banco Itaú BBA voltou a cobrir ações da Oceanpact (OPCT3), uma das principais empresas de serviços marítimos do Brasil, com uma recomendação de compra e um preço-alvo de R$ 7,60 até o final de 2024. Isso representa um potencial de valorização de 51% em relação ao preço de fechamento da sexta-feira passada, que foi de R$ 5,02.
O Itaú BBA acredita que a OceanPact está em uma posição favorável para se beneficiar do crescimento da produção de petróleo e gás natural no Brasil, bem como do setor promissor de energia eólica offshore no país. O banco destaca que essas perspectivas de crescimento, combinadas com a escassez de embarcações de apoio offshore no Brasil, provavelmente continuarão impulsionando as tarifas diárias no futuro. Isso pode levar a novos contratos com condições financeiras mais favoráveis e maiores retornos para a frota da empresa, ganhos que, segundo o Itaú BBA, ainda não estão totalmente refletidos no preço das ações da OceanPact.
Apesar do recente aumento nas tarifas diárias, analistas acreditam que elas ainda estão abaixo do necessário para justificar a construção de novos navios de apoio em larga escala. Segundo o Itaú BBA, para que um novo RSV (embarcações equipadas com veículos de operação remota) alcance uma taxa mínima de retorno de 16%, seria necessário um preço diário superior a US$ 75 mil, em comparação com os atuais US$ 60 mil por dia no mercado.
Além disso, a OceanPact assinou um contrato de cessão parcial de seus direitos creditórios litigiosos, relacionados a ações judiciais envolvendo a Petrobras. Como parte desse acordo, a OceanPact recebeu um pagamento inicial e tem o direito a uma participação significativa em qualquer montante recuperado que exceda o valor acordado inicialmente. Estimativas sugerem que esse ganho potencial poderia resultar em um pagamento pré-impostos de R$ 370 a 550 milhões para a OceanPact em 2025, o que representa um aumento em relação às projeções do Itaú BBA.
A OceanPact, fundada em 2007, inicialmente fornecia serviços de consultoria para a indústria de petróleo e gás, mas expandiu suas operações para responder a grandes incidentes ambientais, tanto no Brasil como no exterior, ao longo dos anos. Isso incluiu desde derramamentos de óleo até o auxílio no caso do rompimento da barragem de Brumadinho em 2019, tornando-se uma empresa especializada em respostas a incidentes ambientais.
Aprenda como Ganhar ações das empresas que você investe fazendo troca temporária e receber mais dividendos! Clique aqui.