Durante pronunciamento nesta segunda-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou que o Brasil irá adotar medidas de reciprocidade econômica em resposta às novas tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, incluindo o aço. As declarações vieram após o ex-presidente americano Donald Trump anunciar um pacote de tarifas de 50% sobre importações brasileiras, caso retorne ao poder.
Lula classificou a medida como “inaceitável” e afirmou que o Brasil não aceitará retaliações unilaterais. “O Brasil é soberano e vai responder à luz da lei da reciprocidade. Nós temos compromisso com o comércio justo, mas também com a nossa indústria e com os empregos do nosso povo”, declarou.
O discurso ocorre em um momento de forte sensibilidade dos mercados globais, e investidores atentos aos movimentos internacionais já reagem aos possíveis desdobramentos. A medida pode gerar impactos em ações ligadas ao setor siderúrgico, além de influenciar diretamente o comportamento do dólar comercial e o desempenho do Ibovespa.
Na análise de especialistas como Cézar Nascimento, fundador da Radar Dividendos, tensões comerciais como essa afetam mais do que os índices de curto prazo. Elas reconfiguram o comportamento de grandes players institucionais e influenciam decisões de alocação de capital — especialmente em papéis expostos à exportação.
Além disso, o posicionamento do governo brasileiro reforça um movimento mais ativo na política externa, o que pode influenciar estratégias de empresas listadas em Bolsa, sobretudo aquelas que dependem de acordos bilaterais ou mercados externos.
Retornos passados não são garantia de retornos futuros. Investimentos envolvem riscos e podem causar perdas ao investidor. Ganho de ações consiste na aquisição de mais ações utilizando crédito após uma troca de posição temporária com o mercado financeiro.




