Percebo que o interesse por parte do investidor pessoa física e de longo prazo pela estratégia de investimentos em ações pagadoras de dividendos cresce a cada ano. É fácil entender a razão, já que tal método –se é que se pode definir assim – oferece a possibilidade de ganhos com a valorização da ação e também com a distribuição periódica de lucros pela empresa.
Além disso, as ações de empresas que pagam dividendos costumam ter uma volatilidade abaixo da média do mercado, o que as torna uma alternativa de investimentos menos “desagradável” para aqueles investidores que se incomodam com o sobe e desce dos preços.
Dentre os principais setores que apresentam empresas com características de pagadoras de dividendos, não posso deixar de mencionar o setor bancário, um dos mais populares entre os investidores que buscam recorrência de distribuição.
Grandes bancos, como Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), são reconhecidos como grandes pagadores de dividendos e têm históricos consistentes de distribuição de proventos.
Além disso, o setor bancário (embora seja bastante regulado) é importante para a economia e costuma ser menos afetado por crises financeiras, o que gera confiança entre os investidores. Ademais, também tende a se beneficiar do cenário de juros altos, como o que atravessamos neste momento.
Outro setor que costuma ser atrativo para os investidores em ações pagadoras de dividendos é o de energia, e aqui posso falar de empresas de geração, transmissão e também distribuição. Nomes como Taesa (TAEE11), Engie (EGIE3) e Energias do Brasil (ENBR3) são exemplos de empresas que pagam bons dividendos e possuem forte presença nestes segmentos.
Complementarmente, cabe aqui destacar que a demanda por energia é constante (para não dizer crescente) no mundo e, por isso, esse setor costuma ser considerado estável e seguro para os investidores fundamentalistas de longo prazo.