A taxa de desemprego no Reino Unido subiu para 4,7% em maio de 2025, superando as expectativas do mercado e marcando o nível mais alto desde setembro de 2021. O dado foi divulgado nesta terça-feira (16) pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) e reforça os sinais de desaceleração na economia britânica.
Além do avanço no desemprego, o crescimento salarial desacelerou, com alta anual média de 5,7%, ante os 6% registrados no mês anterior. Embora ainda elevado, o ritmo mais moderado de expansão dos salários pode aliviar parte da pressão sobre o Banco da Inglaterra (BoE) em relação à política de juros.
Analistas avaliam que o cenário do mercado de trabalho mais frouxo, combinado à queda nas pressões salariais, abre espaço para cortes graduais na taxa básica nos próximos meses. A inflação no país já mostra tendência de desaceleração, e os novos dados devem ser levados em consideração na próxima reunião do BoE.
Para investidores globais — inclusive brasileiros com exposição internacional —, esse tipo de movimento no Reino Unido pode influenciar decisões de alocação em moedas, ações e até mesmo em ativos defensivos. Segundo Cézar Nascimento, da Radar Dividendos, “acompanhar a saúde do mercado de trabalho europeu ajuda a antecipar ajustes nas curvas de juros globais, o que afeta diretamente o fluxo de capitais em mercados emergentes”.
Retornos passados não são garantia de retornos futuros. Investimentos envolvem riscos e podem causar perdas ao investidor. Ganho de ações consiste na aquisição de mais ações utilizando crédito após uma troca de posição temporária com o mercado financeiro.