As ações da Neoenergia (NEOE3) caem forte nesta quarta-feira (26), com o mercado repercutindo os números do segundo trimestre do ano.
Por volta das 12h10, os papéis da companhia elétrica recuavam 4,87%, negociados a R$ 20,92 cada.
Mesmo com a reação negativa dos investidores, parte do mercado avalia que a empresa reportou resultados majoritariamente em linha com as expectativas. Segundo o Santander, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado veio 1,8% acima do esperado graças a um lucro bruto maior que as projeções.
Por outro lado, a receita líquida, excluindo construção, ficou 3,4% menor em relação às estimativas do banco, enquanto custos não administráveis ajustados ficaram 7,7% abaixo do esperado.
Os custos administráveis, incluindo provisões, vieram 5% acima das estimativas, o que representa uma alta anual de 12%, o que é explicado principalmente pelo aumento de provisões e serviços de terceiros.
“Comparado com o segundo trimestre de 2022, o aumento de custos administráveis reflete o início das operações de novos ativos e um número maior de clientes no segmento de distribuição”, destaca o Santander.
Lucro líquido maior que o esperado
A Neoenergia apresentou no segundo trimestre um lucro líquido 32% menor em relação ao mesmo período de 2022, com o montante totalizando R$ 728 milhões.
Apesar da forte queda no comparativo anual, a linha superou em mais de 200% as estimativas do Santander. Isso porque o resultado refletiu:
- um resultado financeiro maior;
- um impacto positivo das taxas; e
- o impacto de IFRS-15 e VNR.
No relatório de análise, o Santander destaca a queda na sinistralidade em três das cinco unidades de distribuição no trimestre: Coelba, Cosern e CEB.
O Santander tem recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”) para a ação da Neoenergia, com preço-alvo de R$ 27,68, o que implica um potencial de alta de cerca de 26% em relação ao último fechamento.
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