As ações da Usiminas (USIM5) registraram queda de mais de 5% no pregão desta segunda-feira (15), após o Goldman Sachs rebaixar sua recomendação para o papel de “compra” para “neutro”. A decisão do banco veio acompanhada de um relatório que aponta pressões no setor siderúrgico e expectativas mais conservadoras para os próximos trimestres.
Segundo o Goldman, a queda nos preços do aço, a desaceleração da demanda global e o cenário macroeconômico doméstico desafiante foram os principais fatores para a revisão. A corretora também ressaltou que, apesar do valuation atrativo, os gatilhos de valorização estão limitados no curto prazo.
O corte de recomendação afeta diretamente o sentimento dos investidores, principalmente aqueles que miram em ativos cíclicos com potencial de recuperação. Para analistas mais cautelosos, o setor de siderurgia pode enfrentar margens pressionadas e baixa previsibilidade de resultados até que o cenário global volte a sinalizar expansão industrial mais consistente.
Para investidores com foco em fluxo de caixa e distribuição de dividendos, a Usiminas requer atenção redobrada. Segundo Cézar Nascimento, da Radar Dividendos, “é preciso olhar além do preço da ação e entender a consistência da geração de caixa operacional. Em momentos de instabilidade, empresas com grande sensibilidade a ciclos globais tendem a sofrer mais, inclusive na política de proventos.”
Retornos passados não são garantia de retornos futuros. Investimentos envolvem riscos e podem causar perdas ao investidor. Ganho de ações consiste na aquisição de mais ações utilizando crédito após uma troca de posição temporária com o mercado financeiro.